A Fabiana é uma querida e super antenada no mundo da moda. Ministra aulas de História da Arte para o curso de Moda de uma faculdade aqui de Ribeirão, além de ser arteterapeuta.
Fiquei super feliz quando ela aceitou o meu convite para escrever um pouco sobre moda, história e arte aqui para o Carola.
Espero que vocês curtam!

A Moda é, muitas vezes, associada ao vestuário. Isso porque foi através da indumentária que ela tornou-se mais difundida. Ao analisarmos sua história, verificamos que a roupa vai muito além de ser uma “segunda pele”, consagrando-se como objeto de comunicação, podendo ser utilizada para construir diálogos, desafiar formas de poder e imprimir no indivíduo sua maneira de “ser-no-mundo”. Claro que não se trata de avaliarmos um comportamento estritamente pela vestimenta, porém ela nos ajuda a identificar “como” e “de que forma” as pessoas querem ser vistas.
Um dos produtos têxteis que se tornou um vetor de comunicação nas últimas décadas é o Jeans, devido sua facilidade de adquirir novos significados simbólicos, associados à sua funcionalidade. O jeans traz a possibilidade de uma vestimenta confortável, duradoura e relativamente neutra em comparação a outras vestimentas.
Embora a palavra Jeans possa ter sido provavelmente associada à terminologia Genes, um tipo de calça utilizada pelos marinheiros da cidade italiana de Gênova no século XVI, ela popularizou-se com Levi Strauss por volta de 1850, com uma calça rústica a ser usada pelos mineradores norte-americanos.
Entretanto a calça jeans consagrou-se como ícone fashion a partir da década de 1950 com figuras como James Dean e Elvis Presley, podendo ser atualmente encontrada nas mais variadas regiões do mundo, em diversas classes sociais, idades, gêneros e com capacidade de reinventar-se constantemente, podendo ser encontrada desde as lojas populares até o mercado do luxo.
Assim sendo, é possível compreendermos que a Moda, associada a outras formas do saber, consagra-se como uma ferramenta importante e garante respostas a diversas questões, desde as mais simples, até as mais complexas.

E para ilustrar esse artigo super bacana sobre o bom e velho jeans, nada melhor que John John by Lalique.